Marketing Pessoal: você já pensou sobre isso?



          Há algum tempo venho pensando sobre a questão do Marketing Pessoal e de como este conceito vem sendo utilizado por alguns profissionais, já que é muito comum escutarmos o discurso de que as pessoas devem ser preocupadas com este assunto. Assim, gostaria de compartilhar com vocês o que penso a respeito disso.

 Aliás, para a estréia de Reflexões sobre o cotidiano corporativo, consegui a participação de um pensador do assunto: Edner Braga, Psicólogo, consultor na área de Recursos Humanos e professor da disciplina Formação de Consultores no curso de Administração de Empresas da Faculdade Campos Elíseos, em São Paulo.

  

Bom, a proposta de reflexão é bem simples: Marketing Pessoal é sinônimo de imagem pessoal? 

 

Eu diria que não. A verdade é que acredito que o conceito do Marketing Pessoal é muito mais profundo do que parece. Penso que associar Marketing Pessoal com o simples fato de divulgar a sua imagem é a mesma coisa que tomarmos como verdade que Marketing e Propaganda possuem o mesmo significado. E este, a meu ver, é o erro mais comum. 

 

Para o Professor Edner Braga, os profissionais que se veem não como gente, mas como coisa e como produto a ser vendido no mercado, correm o risco de exagerar na embalagem sem se darem conta de que o produto não é “aquela” coisa que ele anuncia para vender.  

 

Concordo com Braga: ao preocupar-se simplesmente com a imagem, as pessoas podem cometer o erro de divulgar algo que não são. No curto prazo, isso pode até trazer algum resultado, mas em médio e longo prazos, eu não teria tanta certeza assim.  

 

Ainda refletindo sobre a afirmação de Braga, vejo que devemos tomar muito cuidado com a transferência dos conhecimentos de uma vertente para outra: neste caso, a transferência dos conhecimentos do Marketing (sob a ótica de negócio) para nossa vida profissional. Pessoas tem perfil que podem ser observados e percebidos em seu discurso e em suas ações. Pessoas dominam conhecimentos e sabem fazer coisas. E este domínio deve ser bem pensado em função das oportunidades e riscos que estão colocados no mercado de trabalho, diz Braga. 

 

O que precisamos perceber é que o conceito de Marketing Pessoal abrange outros pontos que não somente a simples promoção da imagem. 

 

Assim, acredito que Marketing Pessoal envolve: 

  • Conhecimento do mercado: entender sobre a área e o mercado em que desejamos atuar.
  • Autoconhecimento: refletir e analisar sobre quais são nossos pontos fortes e fracos em relação a área em que decidimos atuar.
  • Autodesenvolvimento e empregabilidade: O que estamos fazendo para melhorar nossos pontos fracos e manter nossos pontos fortes como um diferencial?
  • Decisão do local de atuação: decidir para quem ou para qual tipo de organização gostaríamos de trabalhar.
  • Planejamento da carreira: estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazos e os caminhos a serem percorridos para atingir esses objetivos.
  • Divulgação: divulgar o nosso potencial através de atitudes, de nossa imagem pessoal, da preparação de um bom currículo, networking, sites de relacionamento, etc. 

        E vocês, o que acham? Participem do blog, contando cases e colocando opiniões sobre o assunto.

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Comentários

  • Silvino Amaro  On janeiro 26, 2011 at 12:10 pm

    Olá Leandro !

    Parabéns pela ideia e iniciativa deste trabalho.

    Você demonstrou mais uma vez que tem um diferencial muito importante neste concorrido mercado corporativo: “ATITUDE” !

    Como uma pequena contribuição no tema, segue uma frase que aprendi há muitos anos (pra ser mais preciso, em 1978, quando ingressei na Siemens como estagiário em Telecomunicações): “Antes de você ser Competente, tem que parecer que é!”.

    Isto foi dito dentro do contexto da importância da “aparência” de um profissional (forma de se vestir, de falar, de se posicionar, etc., frente ao cliente final). Na mesma linha da “A 1a. impressão é a que fica”.

    Se vc causar uma boa 1a.impressão, demonstrar que tem competência para solucionar um problema, já deu um passo importante para conquistar a CONFIANÇA(*) do seu cliente (e são muitos passos…).

    Pense nisto na próxima vez que vc for à padaria ou à uma consulta médica !

    (*) CONFIANÇA: palavra chave para o sucesso nos nossos relacionamentos pessoais e profissionais!

    Boa sorte / Abraços !

    • Leandro  On fevereiro 3, 2011 at 8:44 pm

      Prezado Professor Silvino, agradeço o compartilhamento de sua opinião em relação ao assunto em questão e em relação aos elogios!

      Apesar de entender e concordar que a 1a. impressão é a que fica, tenho um pouco de receio em relação a esta afirmação. Não que eu não ache isto muito importante, mas acredito que as questões de aparência são fáceis de ser trabalhada: basta uma simples orientação e a pessoa poderá se apresentar mais adequadamente. Claro, quando falamos de simpatia e ser mais articulado na comunicação, podemos considerar que tais pontos são mais complicados para serem desenvolvidos.

      Enfim, o que quero dizer é que acho que alguns profissionais de Recrutamento e Seleção levam tão a sério a questão da aparência pessoal (roupa adequada, cabelo, etc) que esquecem que isto pode ser facilmente resolvido. Enquanto isso, as competências mais complexas que o candidato poderia possuir passam em branco…

  • Vivian  On janeiro 26, 2011 at 10:35 pm

    De uma certa forma, ainda acho que funciona como um produto. Você pode até se convencer com a propaganda, comprar, mas se o produto não for bom, a insatisfação é ainda pior.

    • Leandro  On fevereiro 3, 2011 at 8:45 pm

      Também acho… a insatisfação é pior e o profissional pode ficar “queimado” no mercado.
      Valeu!

  • Fabiana  On janeiro 31, 2011 at 4:34 pm

    O marketing pessoal vai além da aparência física, das vestimentas, atitudes ou da forma como nos expressamos… tudo isso serve de referencia para a imagem que as pessoas terão de nós, mas no mundo corporativo a exigencia muito maior: é preciso manter um constante aprimoramento profissional. É importante parecer ser competente, contudo, ainda mais importante é SER competente. E quando as pessoas percebem que você não é somente “uma bela embalagem” você se destaca com seu diferencial. Desta forma o profissional é notado pelas suas reais características, e não somente pela imagem que ele criou, permitindo que seu marketing pessoal se desenvolva com muito mais eficiência.

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