Product Placement: o que cola e o que não cola?

Eu zapeio, tu zapeias, ele zapeia, nós zapeamos, vós zapeais, eles zapeiam. Desde que zapear virou sinônimo de mudar de canal, as marcas têm enfrentado a queda de audiência nos intervalos comerciais. A internet, os tablets e os celulares multimídia, entre tantas outras mídias, só engrossam o caldo da competição pela atenção do público e  ajudam a aumentar a resistência ao assédio das propagandas, uma vez que é mais fácil o acesso a conteúdo gratuito e de qualidade.

Como alternativa, o product placement – inserção de produtos durante o entretenimento, que muitos chamam erroneamente de merchandising graças à denominação usada pela Rede Globo – torna-se uma opção atrativa. Entretanto, a utilização desta ferramenta traz o desafio de como encontrar o tom correto. Como agregar valor à marca? Como inseri-la e mostrar os seus atributos sem exageros, sem ofender o público?

Não são respostas simples, mas é possível buscar cases e “anticases” que servem como base para encontrar caminhos. Erros e acertos. A participação de product placement no BBB 11 traz grandes exemplos. Apesar da diminuição constante da audiência, o reality teve a sua maior receita publicitária de todos os tempos: era difícil assisti-lo sem se deparar com inúmeros patrocinadores e verificar muitos erros e poucos acertos em product placement.

O maior erro foi o da Knorr, a marca participou de uma das provas mais controversas do reality. Os participantes viraram frangos assados e a prova durou até a última desistência. O tema repercutiu entre os comentaristas do reality como uma prática de tortura, pegou mal, não mostrou as vantagens produto e virou exemplo do que não fazer. Não teria sido melhor patrocinar um almoço ou jantar, que tem muito mais a ver com o core business da empresa?

Outros dos patrocinadores do programa é a Fiat, que seguiu errando e acertando, já que ligou também a sua marca a uma prova de tortura e a outra que mostrava todos os atributos dos seus produtos offroad. Quem colecionou acertos foi a Chilli Beans: mostrou os produtos, divulgou que as coleções mudam toda semana nas lojas, mostrou a inovação de sua sede e patrocinou as melhores festas, com bons DJs e muita animação, com tudo a ver com o conceito jovem da marca. Ponto positivo,

Mas quem realmente superou qualquer expectativa e deu exemplo do que fazer foi a Henkel, fabricante da Superbonder. A supercola simplesmente colou os participantes ao vivo de ponta cabeça em uma prova muito bem feita e interessante. Uma imagem inesquecível para o telespectador de que a Superbonder realmente cola tudo. Exemplo de como misturar produto com experimento e entretenimento. E você, já viu outros bons exemplos ou antiexemplos?

Boas notícias: temos uma nova colaboradora para o blog!

Conseguimos mais uma pessoa para colaborar com artigos e debates no “Reflexões sobre o cotidiano corporativo”: Vivian Peres – graduada em Jornalismo pela Unesp e MBA em Marketing pela ESPM, abordará as questões relacionadas ao Marketing e Comunicação em nosso blog.

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Artigo interessante!

Achei um artigo muito bom no Exame.com que traz a discussão de que não só o dinheiro é importante para reter os talentos da atualidade. Vale à pena conferir! É só clicar no link http://migre.me/41tkj 



Consultorias x Treinamento & Desenvolvimento

Várias são as formas de atuação das consultorias em gestão empresarial, mas acredito que podemos considerar somente uma a razão bem clara para que as organizações busquem este tipo de recurso: atrair o conhecimento necessário para implantar ações cujo conhecimento não seja de domínio dos colaboradores da empresa.

 

Nesta relação entre organizações e consultorias, podemos destacar alguns prós e contras:

 

Prós

Contras

Acesso rápido ao conhecimento necessário para a implantação da ação.

Alto custo na execução de projetos.

Rapidez na execução de projetos.

O conhecimento “entra” na organização, mas corre o risco de “não ficar”.

Experiência de implantação de projetos em várias organizações.

Há um risco de finalização do projeto sem a institucionalização do novo processo.

Credibilidade entre os gestores das organizações.

Dependendo do projeto, pode provocar um clima tenso entre os colaboradores.

 

 

Apesar de ver muitos benfícios na atuação das consultorias, entendo que uma ótima opção (e já vivenciada por mim) é apostar no treinamento e desenvolvimento dos colaboradores para que estes adquiram o conhecimento necessário e conduzam os projetos. Apesar de ser um processo mais lento, este tipo de situação pode trazer uma série de benefícios para as organizações, tais como:

 

  • Retenção de talentos.
  • Certeza de que o conhecimento permanecerá na empresa.
  • Pode ser considerado um fator motivacional para as pessoas. As pessoas podem enxergar a situação como “a empresa acredita no meu potencial”.
  • Menor custo dos projetos.
  • Melhoria do clima organizacional.
  • Possibilidade de descobrir potenciais gestores.

 

Uma outra possibilidade é contratar a consultoria, porém envolvendo colaboradores da empresa na equipe de gestão do projeto para garantir alguns dos benfícios mencionados acima.

 

Bom, é isso! Porém, gostaria de saber como vocês encaram estas questões:

 

  • Utilizar ou não utilizar consultorias?
  • Vale à pena substituir uma consultoria por treinamento e desenvolvimento de colaboradores?
  • O envolvimento de alguns colaboradores na equipe de gestão de projeto é uma opção para reter o conhecimento trazido pelas consultorias?

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Os valores além do quadro na parede…

Hoje li na Folha.com uma notícia interessante: uma empresa foi condenada a indenizar em R$ 80 mil um antigo empregado por receber um trófeu denominado “Tartaruga”, referência por obter o pior resultado de um período. Leia mais em http://migre.me/3Lex7.

Bom, resolvi visitar o site da empresa em questão para verificar se este tipo de atitude está alinhada com a declaração dos valores da empresa. O que encontrei foram alguns pontos interessantes:

Valores

Ética: respeito mútuo e fazer o correto

Comunicação: adequada e transparente.

Este tipo de situação me fez relembrar uma reflexão que já havia feito a algum tempo: por que é tão difícil as pessoas agirem conforme os valores que são disseminados pela empresa?

Gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre este assunto polêmico!

Marketing Pessoal: você já pensou sobre isso?



          Há algum tempo venho pensando sobre a questão do Marketing Pessoal e de como este conceito vem sendo utilizado por alguns profissionais, já que é muito comum escutarmos o discurso de que as pessoas devem ser preocupadas com este assunto. Assim, gostaria de compartilhar com vocês o que penso a respeito disso.

 Aliás, para a estréia de Reflexões sobre o cotidiano corporativo, consegui a participação de um pensador do assunto: Edner Braga, Psicólogo, consultor na área de Recursos Humanos e professor da disciplina Formação de Consultores no curso de Administração de Empresas da Faculdade Campos Elíseos, em São Paulo.

  

Bom, a proposta de reflexão é bem simples: Marketing Pessoal é sinônimo de imagem pessoal? 

 

Eu diria que não. A verdade é que acredito que o conceito do Marketing Pessoal é muito mais profundo do que parece. Penso que associar Marketing Pessoal com o simples fato de divulgar a sua imagem é a mesma coisa que tomarmos como verdade que Marketing e Propaganda possuem o mesmo significado. E este, a meu ver, é o erro mais comum. 

 

Para o Professor Edner Braga, os profissionais que se veem não como gente, mas como coisa e como produto a ser vendido no mercado, correm o risco de exagerar na embalagem sem se darem conta de que o produto não é “aquela” coisa que ele anuncia para vender.  

 

Concordo com Braga: ao preocupar-se simplesmente com a imagem, as pessoas podem cometer o erro de divulgar algo que não são. No curto prazo, isso pode até trazer algum resultado, mas em médio e longo prazos, eu não teria tanta certeza assim.  

 

Ainda refletindo sobre a afirmação de Braga, vejo que devemos tomar muito cuidado com a transferência dos conhecimentos de uma vertente para outra: neste caso, a transferência dos conhecimentos do Marketing (sob a ótica de negócio) para nossa vida profissional. Pessoas tem perfil que podem ser observados e percebidos em seu discurso e em suas ações. Pessoas dominam conhecimentos e sabem fazer coisas. E este domínio deve ser bem pensado em função das oportunidades e riscos que estão colocados no mercado de trabalho, diz Braga. 

 

O que precisamos perceber é que o conceito de Marketing Pessoal abrange outros pontos que não somente a simples promoção da imagem. 

 

Assim, acredito que Marketing Pessoal envolve: 

  • Conhecimento do mercado: entender sobre a área e o mercado em que desejamos atuar.
  • Autoconhecimento: refletir e analisar sobre quais são nossos pontos fortes e fracos em relação a área em que decidimos atuar.
  • Autodesenvolvimento e empregabilidade: O que estamos fazendo para melhorar nossos pontos fracos e manter nossos pontos fortes como um diferencial?
  • Decisão do local de atuação: decidir para quem ou para qual tipo de organização gostaríamos de trabalhar.
  • Planejamento da carreira: estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazos e os caminhos a serem percorridos para atingir esses objetivos.
  • Divulgação: divulgar o nosso potencial através de atitudes, de nossa imagem pessoal, da preparação de um bom currículo, networking, sites de relacionamento, etc. 

        E vocês, o que acham? Participem do blog, contando cases e colocando opiniões sobre o assunto.

Refletir, aprender e mudar as atitudes no mundo corporativo

Qualquer profissional que esteja inserido no mundo corporativo irá concordar comigo: gostamos de discutir nossas relações com as pessoas e com as práticas empresariais, seja na organização em que trabalhamos, seja nas organizações em que nossos amigos e familiares atuam, seja em organizações em que lemos em algum artigo.Partindo desta ideia e do meu gosto por escrever, percebi que poderia expandir estes debates com pessoas que não estão ao meu alcance. Desta maneira, hoje estou lançando o meu blog: Reflexões sobre o cotidiano corporativo.

Quinzenalmente, escreverei sobre práticas de gestão que acompanhamos em nossa rotina corporativa e tentarei também obter opiniões de profissionais especializados no assunto em questão. Porém, gostaria muito que estes posts não ficassem somente com meu ponto de vista: motivo este que tenho que destacar a importância da participação de todos em compartilhar experiências e ampliar nosso conhecimento.
 
Espero que tenham gostado da ideia e conto com a participação de vocês!