Arquivo do mês: abril 2011

Product Placement: o que cola e o que não cola?

Eu zapeio, tu zapeias, ele zapeia, nós zapeamos, vós zapeais, eles zapeiam. Desde que zapear virou sinônimo de mudar de canal, as marcas têm enfrentado a queda de audiência nos intervalos comerciais. A internet, os tablets e os celulares multimídia, entre tantas outras mídias, só engrossam o caldo da competição pela atenção do público e  ajudam a aumentar a resistência ao assédio das propagandas, uma vez que é mais fácil o acesso a conteúdo gratuito e de qualidade.

Como alternativa, o product placement – inserção de produtos durante o entretenimento, que muitos chamam erroneamente de merchandising graças à denominação usada pela Rede Globo – torna-se uma opção atrativa. Entretanto, a utilização desta ferramenta traz o desafio de como encontrar o tom correto. Como agregar valor à marca? Como inseri-la e mostrar os seus atributos sem exageros, sem ofender o público?

Não são respostas simples, mas é possível buscar cases e “anticases” que servem como base para encontrar caminhos. Erros e acertos. A participação de product placement no BBB 11 traz grandes exemplos. Apesar da diminuição constante da audiência, o reality teve a sua maior receita publicitária de todos os tempos: era difícil assisti-lo sem se deparar com inúmeros patrocinadores e verificar muitos erros e poucos acertos em product placement.

O maior erro foi o da Knorr, a marca participou de uma das provas mais controversas do reality. Os participantes viraram frangos assados e a prova durou até a última desistência. O tema repercutiu entre os comentaristas do reality como uma prática de tortura, pegou mal, não mostrou as vantagens produto e virou exemplo do que não fazer. Não teria sido melhor patrocinar um almoço ou jantar, que tem muito mais a ver com o core business da empresa?

Outros dos patrocinadores do programa é a Fiat, que seguiu errando e acertando, já que ligou também a sua marca a uma prova de tortura e a outra que mostrava todos os atributos dos seus produtos offroad. Quem colecionou acertos foi a Chilli Beans: mostrou os produtos, divulgou que as coleções mudam toda semana nas lojas, mostrou a inovação de sua sede e patrocinou as melhores festas, com bons DJs e muita animação, com tudo a ver com o conceito jovem da marca. Ponto positivo,

Mas quem realmente superou qualquer expectativa e deu exemplo do que fazer foi a Henkel, fabricante da Superbonder. A supercola simplesmente colou os participantes ao vivo de ponta cabeça em uma prova muito bem feita e interessante. Uma imagem inesquecível para o telespectador de que a Superbonder realmente cola tudo. Exemplo de como misturar produto com experimento e entretenimento. E você, já viu outros bons exemplos ou antiexemplos?

Boas notícias: temos uma nova colaboradora para o blog!

Conseguimos mais uma pessoa para colaborar com artigos e debates no “Reflexões sobre o cotidiano corporativo”: Vivian Peres – graduada em Jornalismo pela Unesp e MBA em Marketing pela ESPM, abordará as questões relacionadas ao Marketing e Comunicação em nosso blog.

Siga-nos no twitter para receber atualizações deste blog: http://twitter.com/ccorporativo.